Um dos alvos da operação Fake Paper, deflagrada em outubro de 2019 pela Delegacia Fazendária para investigar um esquema criminoso de emissão de notas fiscais frias por produtores rurais que gerou prejuízo de R$ 337 milhões aos cofres púbicos, firmou um acordo de colaboração premiada com a Justiça. O pedido de homologação já foi encaminhado a 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
No entanto, o inteiro teor segue em segredo de Justiça. Conforme despacho publicado nesta quarta-feira (6) no Diário da Justiça, os documentos já foram compartilhados com o CIRA (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), o que levanta a possibilidade de que novas operações policiais sejam deflagradas com base nas novas revelações.
A investigação que resultou na Operação Fake Paper começou a partir da constatação pela Unidade de Inteligência Fiscal e Monitoramento Tributário da Sefaz, de operações atípicas, em que havia saída de notas, mas sem lastro da entrada de produtos. Além do movimento detectado pela unidade, um produtor rural procurou a Delegacia Fazendária informando que havia feito uma aquisição fictícia.
A partir dessas informações, a delegacia deu início às investigações para apurar o esquema criminoso montado por três empresas fantasmas para sonegação fiscal, resultando, até o momento, de acordo com a Sefaz, na emissão de 6.400 notas frias totalizando o valor de R$ 337 milhões. O esquema criado pelo grupo criminoso operava com um núcleo instalado em Cuiabá que fazia emissão das notas frias, além de outros integrantes que trabalhavam cooptando produtores e ofertando os serviços da organização criminosa.
Folhamax
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