Um homem, de 27 anos, acusado de violência doméstica, foi detido na última quarta-feira (08), em Esteio, no Rio Grande do Sul. Conforme a delegada responsável pelo caso, o suspeito tinha ciúmes obsessivo da esposa e a proibia de ir ao médico e de lavar o próprio cabelo.
A mulher foi vítima de agressões físicas durante 11 anos. “Tais agressões, segundo a vítima, ocorriam constantemente e na presença da filha menor. Tal situação perdurou pelo período de 11 anos e, conforme relato, a vítima temia por sua vida e pela vida da filha se o denunciasse, além de depender financeiramente do agressor”, contou a delegada Luciane Bertoletti.
“Ela contou que era proibida de sair de casa, ir ao médico e de lavar os cabelos ou se maquiar, pois o agressor tinha um ciúme obsessivo, tanto que tatuou o rosto e o nome da vítima em seu peito”, revelou.
De acordo com Luciane, logo após a prisão do homem ser deferida pelo poder Judiciário, a vítima voltou à delegacia, pedindo a revogação das medidas impostas, o que causou desconfiança nos investigadores. “Como tratava-se de crime de ação pública incondicionada, os agentes da delegacia deram cumprimento a cautelar e prenderam o homem enquanto ele se deslocava para o trabalho”, explicou Bertoletti.
Depois que o homem foi detido, a mulher retornou novamente à delegacia e afirmou ter sido coagida a solicitar a revogação das medidas. Segundo ela, no dia em que denunciou o crime, o suspeito a esperava do lado de fora do DP, querendo comprovar que ela havia manifestado o desinteresse em permanecer com a medida e processá-lo criminalmente.
“Deve-se estar muito atento ao relato das vítimas, bem como a condição psicológica apresentada no momento da entrevista, pois nos crimes de violência doméstica contra a mulher é comum o agressor continuar manipulando e coagindo sua companheira”, concluiu Luciane.
Folhamax
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