Justiça determina e PM prende bandido que matou a mãe e conviveu com o corpo por 13 dias

A Polícia Militar prendeu na tarde de quinta-feira (01), Luiz Fernando Januário de Campos, 33 anos, vulgo “Bolívia”, que confessou ter assassinado a própria mãe, a técnica de enfermagem Eracy Campos, de 72 anos, dentro do apartamento onde moravam, em Várzea Grande.

O crime aconteceu no dia 13 de maio, mas só foi descoberto no dia 26. Durante esses treze dias o assassino conviveu com o corpo dela em decomposição na casa.

Logo após o encontro do cadáver, Luiz chegou a se apresentar na delegacia onde confessou que matou a mãe asfixiada, após um desentendimento.

Após os esclarecimentos, ele foi liberado pois já estava fora do flagrante e ainda não tinha sido expedido um mandado de prisão contra ele.

Na tarde de quarta-feira, a PM recebeu informações de que Luiz estaria em uma chácara na região do Rio dos Peixes. Os militares do 4° Batalhão foram até o local indicado, onde ele foi encontrado.

O delegado Hércules Batista Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) representou pela prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça de Mato Grosso no dia anterior a prisão.

Ele foi encaminhado para a delegacia da Polinter, onde aguarda ser encaminhado para uma unidade prisional do Estado.

Detalhou crime

Esta semana, foi ao ar uma entrevista que Luiz concedeu à TV Cidade Verde, em que ele contou com detalhes como matou a mãe.

O bandido, que é usuário de drogas, contou que no dia do crime estava sob efeito dos entorpecentes e que matou a técnica de enfermagem asfixiada.

“Quando eu cheguei em casa ela já percebeu meu olhar, o jeito como eu estava. Ela falou assim: ‘Fernando vai deitar, vai tomar um banho, amanhã cedo você tem que trabalhar’. Nessa hora que ela falou assim, deu um branco em mim que de repente, do nada, já fui em cima dela”, contou.

“Ela estava no quarto, de pé. Eu cheguei e coloquei minhas duas mãos no pescoço dela. Aí quando ela caiu eu coloquei o travesseiro em cima, asfixiando. Aí quando ela parou de tremer, ela caiu com as pernas para fora da cama”, completou.

Ele relatou, ainda, que somente no dia seguinte, quando passou o efeito da droga, é que teve consciência do que realmente havia acontecido.

“No outro dia de manhã, quando acabou o efeito da droga, quando acabou tudo, aí que eu percebi a besteira que eu fiz. Eu nunca pensei que ia fazer uma coisa dessas com ela.”

“Se eu pudesse, voltava atrás e fazia tudo diferente. Eu ouvia os conselhos dela, tudo o que ela falasse para mim eu obedecia. Eu obedecia”, afirmou.

RepórterMT

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