O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) negou que o vereador Chico 2000 (PL) tenha ficado de escanteio na decisão da agremiação que indicou a vereadora eleita Paula Calil (PL) para encabeçar chapa na disputa pela Mesa Diretora do parlamento municipal. Chico, que tinha o desejo de se manter na vaga de presidente no próximo biênio relata não ter sido comunicado sobre a decisão e já declarou que irá apoiar a chapa do Pastor Jefferson Siqueira (PSD), a qual foi alvo de uma série de críticas de Brunini.
Em conversa com a imprensa no Palácio Paiaguás, na manhã desta quinta-feira (8), o prefeito eleito falou sobre as conversações quanto às disputas internas na Casa de Leis cuiabana. Ele foi questionado sobre ter deixado o colega de sigla de lado com a escolha de uma novata para a presidência. Além de esclarecer que, apesar das diferenças que tem com Chico, nunca optou por expulsá-lo da sigla.
“Bobagem, primeiro porque o Chico sempre foi respeitado dentro do partido. Tanto é que nós não expulsamos ele do partido, mesmo ele sendo base do Emanuel. Nós temos um relacionamento muito respeitoso com o presidente da Câmara e muitas das vezes eu tive na Câmara conversando com ele”, disparou Abilio.
Brunini e Chico nunca foram próximos, o vereador inclusive chegou a ficar enciumado ao longo da pré-campanha eleitoral de 2024, por novamente ter sido deixado de lado pela agremiação, já que tinha o interesse de concorrer à Prefeitura de Cuiabá. Foi apenas no segundo turno do pleito que Brunini contou com um apoio mais representativo de Chico ao longo da campanha. Ao que Abilio reconheceu, destacando a ‘liberdade’ do parlamentar para com o partido.
Abilio também relembrou que Chico sempre teve posicionamento ‘mais pacífico’ em relação ao atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), principal algoz político do grupo de Brunini.
“Ele foi candidato no partido com liberdade, fez a campanha dele, recebeu recursos como todos os outros candidatos também receberam e foi eleito vereador com os votos que ele obteve, sem nenhuma contestação, nenhum conflito dentro do partido. Inclusive, nós temos informações de pessoas que apoiaram ele e não nos apoiaram, nem no primeiro e nem no segundo turno. A gente não contestou isso, deixamos o Chico livre para ele fazer o que quisesse. Nunca cobrei dele a aprovação de impeachment de Emanuel, posicionamento contra o prefeito, nem nada”.
Na sequência, Abilio destacou que respeita a posição do legislador, mas evidenciou que a recondução dele para o cargo de presidente está fora dos planos. Somado a isso, garantiu a liberdade do parlamentar em apoiar quem ele quiser na chapa da mesa.
“Agora, ele querer que a gente reconduz ele (sic) à presidência da Câmara, aí já é um desejo além do que está nos nossos projetos. Ele tem total direito de conversar com os demais vereadores, assim como qualquer vereador, eu não sou o presidente da Câmara, não sou vereador, estou apenas manifestando a minha torcida”.
Brunini tem sido crítico ferrenho da proposição de candidaturas à presidência da Mesa e chegou a afirmar que alguns vereadores estariam sendo financiados por antigos adversários políticos dele, como o deputado estadual Eduardo botelho (União), o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) e até mesmo por líderes da facção Comando Vermelho.
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