Prefeito Abilio Brunini vai proibir a distribuição de marmitas nas ruas de Cuiabá. A ideia do gestor é construir um centro para que as pessoas em situação de rua possam se alimentar e receber atendimentos de assistência social e saúde. Também há a possibilidade de que a alimentação seja feita em pontos específicos, mas fora das vias públicas.
Segundo Abilio, a proibição tem como base leis da vigilância sanitária que proíbem a distribuição de alimentos nas ruas. O gestor visitou áreas ocupadas por pessoas em situação de rua na manhã desta sexta-feira (17), onde constatou riscos a saúde individual e coletiva.
“Não quero mais continuar com esse programa de marmitas nas ruas. Também não quero que a sociedade faça isso, vamos orientar, estabelecer um local de refeição, que seja no restaurante popular ou em um centro de apoio”, disse o prefeito.
Para ele, além da questão sanitária, há ainda o ponto “facilitador” para que as pessoas continuem nas ruas. “Isso prejudica as ações para tentar tirá-las das ruas. Ao mesmo tem que a gente faz o trabalho de convencimento, tem gente facilitando”, disse.
Prefeito ainda apontou que a gestão vai começar a conscientizar associações, ONGs e entidades para que a comida não seja distribuída. Depois desse período, pode resultar em até multa pela fiscalização municipal.
“Não podemos dar multa para quem quer ser solidário. Não é essa a intenção. Vamos perguntar se querem oferecer em um lugar específico, dando apoio e suporte, mas orientando para que isso não seja feito em vias públicas”.
Allan Mesquita
Na rotatória da Rodoviária de Cuiabá, Abilio conversou com pessoas em situação de vulnerabilidade social. Lá, flagrou acumulo de todo o tipo de lixo, bem como resto de comida descartada de forma irregular.
“É uma situação de saúde pública. Essas pessoas estão acabando com suas vidas, estão com a saúde debilitada. O consumo de droga é constante, identificamos o consumo”, disse.
Prefeito vai ainda apresentar uma proposta de desocupação da área ao Ministério Público Estadual (MPE). “Não vamos permitir que sejam tratados desse jeito […]. Vamos fazer uma limpeza no local, retirando o lixo, vamos apresentar uma proposta de realocação dessas pessoas”.
Uma das saídas é a criação de um centro especializado no prédio que era da assistência social, na avenida das Torres. Lá, a população teria acesso em serviços de saúde e também a alimentação.
“Não vamos aceitar esse sistema sendo abastecido pelo tráfico. Vamos instalar câmeras do programa Vigia Mais MT, identificar até os fornecedores que trazem a droga. Aqui é quase um suicídio, posicionamento de fim da própria vida”, finalizou.
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