A organização da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) convidou em dias distintos o ministro da Agricultura (MAPA), Carlos Fávaro (PSD), e o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), a fim de evitar mal-estar entre os políticos.
O mato-grossense faz parte do alto escalão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estará na abertura da feira, neste domingo (28); Bolsonaro participa na segunda-feira (29). O evento será realizado em Ribeirão Preto, São Paulo, e a programação segue até 3 de maio.
O fato foi noticiado na Folha de S. Paulo. A Agrishow se explicou por meio de nota ao site de notícias.
“A organização da Agrishow convidou diferentes autoridades para visitar a 29º edição do evento. Todos que se interessam pelo agronegócio brasileiro e por tecnologia são ben-vindos para visitar a feira. A Agrishow 2024 estará repleta de inovações e tecnoplogias de ponta para aumento da produtividade da gropecuária”, justificou a organização.
A expectativa é que Bolsonaro seja acompanhado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro dos Transportes da sua gestão à frente do Palácio do Planalto. À exemplo da sua passagem pela Norte Show, em Sinop (a 500 km de Cuiabá), em que o pré-candidato à reeleição, o prefeito Roberto Dorner (PL), acompanhou a agenda o pré-candidato à Prefeitura de Riberão Preto, Isaac Antunes (PL), estará ao lado do ex-presidente.
FÁVARO FOI DESCONVIDADO EM 2023
Na última edição da Agrishow, Carlos Fávaro foi desconvidado para a abertura em decorrência da participação de Bolsonaro. Lula ameaçou suspender o patrocínio do Banco do Brasil e orientou diretores executivos da entidade a não cumprir as agendas na feira.
Lula se esforça para derrubar a resistência no setor agropecuário ao seu governo. A ida de Fávaro ao evento faz parte desse esforço. Outra medida para agradar o segmento foi a aprovação do projeto de lei que regulamenta a comercialização de biocombustíveis, em março deste ano. A matéria obteve 429 votos favoráveis, sendo chancelado pela base do governo petista e bancada do PL.