O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) defendeu que o Ministério de Agricultura do governo do presidente Lula (PT) seja comandado por um nome de Mato Grosso.
“Eu gostaria que fosse alguém de Mato Grosso. Seria bom, seria importante para o Estado”, disse Botelho à imprensa.
Os nomes analisados até o momento são do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), do deputado cassado Neri Geller (PP) e do senador Carlos Fávaro (PSD). Integra a lista ainda a senadora Simone Tebet (MDB).
Para Botelho, um político do Estado poderia defender as pautas de interesses econômicos e ambientais do Estado. Ele apontou que é necessário políticas fortes contra a invasão de propriedade bem como a manutenção das leis de produção agrícola e meio ambiente.
É que o novo chefe do País poderá enrijecer a legislação sobre desmatamento na produção da agropecuária, o que Botelho é contrário.
“O principal é meio ambiente e a questão das invasões. Não podemos mais concordar com isso. Não há mais espaço para isso. No meio ambiente temos as regras mais rígidas. Então, não há mais o que investir”, disse.
“Agora, [é preciso] combater as ilegalidades como: desmatamento e garimpos ilegais. Mudar regras? Não há necessidade, as regras são bem duras e apertadas e criam uma reserva que não existe no mundo”, afirmou.
Criticas da Aprosoja
Na semana passada, a Aprosoja Mato Grosso emitiu nota falando que Fávaro, Neri e o empresário do ramo de sementes Carlos Augustin não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília. Os três apoiaram a candidatura do ex-presidente Lula nas eleições desse ano.
Questionado sobre a crítica do setor, Botelho afirmou que o nome não poderia vir de outro lugar, a não ser de aliados do futuro presidente.
“Ora, você tem que colocar alguém que é do grupo do Lula ou queriam que escolhesse outro interlocutor? Para! não tem cabimento isso. Falta bom senso”.
“Lula tem que escolher alguém que é o do grupo dele para fazer a interlocução, e é ótimo que seja de Mato Grosso. Que seja Fávaro, o outro [Neri], ou Blairo Maggi. É bom para nós”, completou.
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