“Sua história é, no mínimo, intrigante”. Foi assim que o deputado estadual Jessé Lopes (PSL) definiu a “versão” de Marco Antonio Heredia Viveros, ex-marido de Maria da Penha. O deputado divulgou a visita que recebeu no gabinete na Assembleia Legislativa nas redes sociais.
Colombiano de nascimento, Marco Antonio foi condenado, em 1991, a 15 anos de prisão. Recorreu e conseguiu reduzir para pouco mais de dez anos, cumpridos em liberdade.
Jessé não deu detalhes sobre a “versão” do ex-marido. A história pública e comprovadamente real é a de que o homem tentou matar Maria da Penha por duas vezes no ano de 1983. Primeiro, deu um tiro nas costas. Depois, tentou eletrocutar a mulher enquanto ela tomava banho.
Em entrevista no ano de 2017, Marco Antonio disse: “A Maria da Penha me transformou num monstro. Não tentei matá-la. O único erro que cometi foi ter sido infiel. Por isso, ela armou toda essa farsa. Essa mulher é um demônio”.
Maria da Penha ficou paraplégica em decorrência do tiro. Seu nome está consagrado na lei mais importante de proteção à mulher vigente no Brasil.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha é uma lei distrital brasileira, cujo objetivo principal é estipular punição adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher. Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006.
Desde a sua publicação, a lei é considerada pela Organização das Nações Unidas como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, segundo dados de 2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a lei Maria da Penha contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas.
Fonte: Pragmatismo Político
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