Governador cita necessidade de policiais e nega “concurso eleitoreiro”

O concurso público na área da segurança pública anunciado pelo Governo do Estado com previsão de lançamento do edital ainda neste semestre fez surgir críticas de que teria cunho eleitoreiro, por se tratar de ano de eleições. O governador Mauro Mendes (DEM) respondeu que tais críticas partem de pessoas desinformadas que só falam “abobrinhas” sem ter qualquer conhecimento sobre a real situação do déficit de servidores nos órgãos que integram a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT)

“Quem fala isso está conversando fiado. Tudo que o governador faz é cunho eleitoreiro. Esse concurso estava previsto, tem cidades do interior que deveria ter oito ou dez policiais e tem um ou dois, três ou quatro, nesse período já aposentaram cerca de 1,6 mil pessoas na PM desde o ultimo concurso”, afirmou o governador ao conceder entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

Conforme o anúncio do Governo, o certame vai contemplar as Polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Ao todo, serão 11 cargos contemplados no certame que tem previsão de chamar 1,2 mil aprovados ainda este ano.

Leia também:https://redacaomt.com.br/policia/concurso-em-mt-estado-pagara-de-r-3-mil-a-r-139-mil-para-aprovados-veja-salarios-e-edital/

Por ora, ainda não há datas para lançamento do edital e nem das provas práticas e físicas. No entanto, por se tratar de ano eleitoral, no qual o governador é naturalmente um candidato à reeleição, a menos que decida não disputar-, já surgiram críticas contra Mauro Mendes de que o certame tem cunho eleitoreiro, pois a cobrança por concurso público em várias áreas é antiga.

“Quem fala isso não conhece os números, o que é a Polícia Militar, a Polícia Civil, os bombeiros, então para de conversa fiada. É muita gente falando abobrinha sem conhecer os números. Tem cidades no interior faltando policiais, isso está criando transtorno operacional muito grande, ai preparamos o concurso”, enfatizou o governador.

De acordo com Mauro Mendes, fazer o concurso como cadastro de reserva é uma opção que demonstra responsabilidade na gestão dos recursos públicos, respeitando a capacidade financeira do Estado, suas limitações, como por exemplo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e evitando que problemas antigos voltem a se repetir, como atraso de salários e não pagamento de fornecedores.

Nesse sentido, conforme pontuado pelo governador, a pessoa precisa se classificar com nota acima de 5 e passa a compor o cadastro de reserva, respeitando a ordem de classificação. Com isso, durante quatro anos à medida que o Governo do Estado precisar, vai chamando os classificados.

“Mas não vou criar 4 mil vagas para fazer igual hoje, tem setor que não estamos precisando de gente e por decisão judicial temos que nomear pessoas e não temos o que fazer com ela, porque lá atrás alguém tomou a decisão errada”, argumentou o governador.

RepórterMT

Sair da versão mobile