O ministro da Casa Civil e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, assim como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também do PP, devem se sentar com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para defender a candidatura do deputado federal por Mato Grosso, Neri Geller (PP), ao Senado.
Existe uma disputa entre Neri e Wellington Fagundes pela cadeira majoritária, disputa essa desde a esfera nacional à estadual, pois os dois também estão “na briga” pelo apoio do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Bolsonaro estaria neutro em Brasília sobre a disputa entre os dois, porque o PP é considerado o partido mais forte da base do Governo Federal e com maior representatividade, enquanto Wellington conseguiu levar o presidente para seu partido, o PL, e conta com esse apoio.
Em entrevista nesta segunda-feira (4), Neri disse que se reúne na quarta-feira com Ciro e Arthur Lira e, juntos, vão defender a vaga ao Senado.
“Vou estar quarta feira com o Ciro Nogueira, vamos tratar de outros assuntos e vamos tratar também da eleição. É lógico que o partido começou a entrar (na briga). O Ciro me ligou, Arthur Lira me ligou e falaram: ‘Olha, Neri. Não vamos abrir mão da chapa para o Senado. Queremos essa vaga e vamos sentar com o presidente da República e vai pra mesa de discussão isso’”, revelou.
Neri lembra que o PP é o partido mais forte da base e o presidente deve considerar isso.
“O PP é o partido mais forte da sustentação, então, no momento certo, a gente vai discutir. Não quero criar desgaste. Deixa as coisas acontecerem, mas o PP cresceu e cresceu em qualidade. É muito importante”, defendeu.
Em comparação, disse que o PL é totalmente diferente. Segundo ele, “desorganizado”.
“O PP é um partido orgânico, que trabalha junto, que se ajuda, e vocês sabem que não é a mesma linha do PL, que acabou muita gente indo pro partido, mas acaba saindo e tal, o PP não. O PP é um partido coeso, que tem força no Congresso Nacional, que tem a presidência da Câmara, que tem o líder do governo, que tem a Casa Civil, porque são parlamentares que a gente trabalha junto. Porque que nossos projetos andam? Porque o partido é orgânico, bem articulado e sabe trabalhar no congresso.”
Segundo Neri, o PL não consegue se organizar nem em nível estadual. “Vocês sabem da dança que teve. Vai um pra lá, vai outro pra cá. Isso aconteceu aqui no Estado. Não tem porque esconder isso, porque aconteceu. E é isso. Ele não é um partido tão organizado quanto o nosso. Se para organizar aqui no Estado teve muito problema, muito racha, isso acontece também em nível nacional”, concluiu.
RepórterMT
Deixe o Seu Comentário