Preso na Operação Descobrimento da Polícia Federal pela suspeita de tráfico de drogas, o lobista e advogado Rowles Magalhães foi arrolado como testemunha de defesa em uma ação que tramita na Justiça de Portugal. A origem do processo é que uma empresa de energia renovável – Profitalert, localizada na cidade de Porto, em Portugal, acusa o empresário de Cuiabá, Carlos Nuno Gomes Esteves de Carvalho, de calote na celebração de uma parceria comercial que envolvia a execução de projetos relacionados a habitação popular e outro que previa a construção de uma usina fotovoltaica.
A empresa diz que sofreu prejuízo de € 402 mil (euros), equivalente a R$ 2,142 milhões de reais. Outras testemunhas arroladas pelo empresário cuiabano são o ex-vice-governador de Mato Grosso, Chico Daltro, o empresário Ricardo Padilla de Borbon Neves, e a ex-secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix.
A empresa Profitalert informou à Justiça de Portugal que foi procurada em 2013 para participar de um investimento em dois projetos que seriam realizados em Mato Grosso. O primeiro projeto previa a construção de um conjunto habitacional com 1.300 casas, orçado em R$ 85,8 milhões.
O segundo previa a construção de uma usina fotovoltaica, no valor total de R$ 180 milhões. A empresa alega que fez o pagamento de € 333.613,00 ao empresário e, posteriormente, assinariam o contrato da parceria.
O valor equivale a R$ 1,7 milhão na conversão atual do valor do euro. A investidora portuguesa narrou que chegou a abrir uma filial em Cuiabá por um período após o pagamento da parceria, mas que houve procrastinação para a assinatura o contrato. Tempos depois, a empresa alega ter descoberto que ficou de fora da execução do projeto em andamento e que não conseguiu receber o dinheiro investido de volta.
Em março, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, determinou que a Justiça Federal de Mato Grosso procedesse a intimação e a inquirição das testemunhas para enviar à Justiça de Portugal.
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