Mauro defende “agenda” com a iniciativa privada em grandes obras, já que União não tem dinheiro

O governador Mauro Mendes (União Brasil) destacou, em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (27), que o Governo Federal não conta com recursos suficientes para promover grandes obras em todos os estados e, por isso, sugeriu a criação de uma “agenda” com a iniciativa privada nos próximos anos.

Mauro e outros 26 governadores da federação se reuniram com Lula no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar das principais demandas de cada região para os próximos quatro anos.

Em seu discurso, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, pediu que cada gestor apresentasse a ele os principais projetos estruturantes para cada estado.

Em sua fala, no entanto, Mauro Mendes sugeriu uma alternativa que levaria o Brasil a crescer cerca de 3% ao ano, sem qualquer investimento de recurso público, deixando os estados mais independentes e desenvolvidos.

“Na reunião, o ministro Padilha pediu que todos nós pudéssemos apresentar a ele, para organizar uma agenda de projetos estruturantes não só regionais, mas estaduais. E eu disse a ele que isso é louvável, importante, mas sabemos que o Brasil não tem muito dinheiro hoje para sair fazendo grandes obras importantes em todo país”, disse em entrevista à CNN Brasil.

“Poderia ser feita uma agenda que não dependa de investimento de dinheiro público, uma agenda de obras, projetos e ações que depende muito mais de vontade, de marcos regulatórios, concessões, o licenciamento ambiental nesse país que é muito lento”, sugeriu.

Segundo Mauro, se o governo Lula “for competente” para destravar essa agenda, o mercado e a iniciativa privada “têm apetite” para investir em centenas de projetos em todo o país.

“A competência para se organizar essa agenda e colocá-la em marcha é fundamental e só ela pode fazer o Brasil crescer de 2 a 3 pontos percentuais durante os próximos anos em todas as cidades brasileiras”, finalizou.

Do RepórterMT

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