Presidente da Comissão Externa da intervenção na Saúde de Cuiabá, o deputado estadual Paulo Araújo (PP), rebateu as declarações da oposição sobre a existência de um “complô” e possível interferência política do governo do Estado contra a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Saúde de Cuiabá.
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10) nesta terça-feira (21), o parlamentar que é responsável por fiscalizar a intervenção do Estado na pasta através da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), lembrou que as primeiras denúncias partiram dos próprios servidores.
“A intervenção é um caso extremo. Quem denunciou foi a Associação de Médicos de Cuiabá, o Ministério Público protocolou o pedido, que foi acatado pela Justiça após uma ampla discussão de desembargadores. Será que, diante disso tudo, há um complô contra a Saúde de Cuiabá?”, disse ao lembrar as operações que atingiram a pasta.
Nesta segunda, o parlamentar se reuniu com interventora na Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona Bertucini, que pontuou os primeiros passos que o Gabinete de Intervenção para buscar solucionar os problemas da pasta. Segundo ele, uma das grandes celeumas está relacionada ao repasse de recursos para compra de medicamentos e utensílios que faltam nas unidades.
“A intervenção precisa mostrar para que veio. No primeiro momento ela tem que estancar tudo aquilo de errado, que a população já sabe. Ninguém quer vender para a Secretaria Municipal de Saúde porque não recebe”, acrescentou.
Ao final, Araújo defendeu ainda que o Estado aporte recursos próprios até que o município regularize os repasses para que a equipe de intervenção trabalhe.
“Falei ao governador: utilize o CNPJ do Estado para fazer uma antecipação financeira para colocar os medicamentos que estão faltando em todas as unidades de Saúde de Cuiabá”, disse.
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