Presidente do PL admite que voto pela soltura de Brazão pode prejudicar Abílio na eleição para prefeito

O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, acredita que o posicionamento do deputado federal Abílio Junior (PL), que defendeu a soltura de Chiquinho Brazão (sem partido – RJ) durante votação na Câmara Federal, irá refletir nas eleições deste ano.

O liberal cita que o congressista, assim como os demais parlamentares da agremiação em Brasília, seguiram a linha ideológica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas frisa que ele, por ser pré-candidato a prefeito de Cuiabá, não ficará isento do julgamento popular nas urnas em outubro.

“Nós [PL] votamos e vai ter que ser submetido ao julgamento da população. Foi uma discussão técnica e o pessoal de Mato Grosso votou pelo ‘não’. Isso é claramente uma discussão ideológica. Nossos parlamentares seguem a linha ideológica do Bolsonaro e não vão deixar de acolher os pensamentos deles. Discuti com os parlamentares antes da votação e eles discutiram que iam acompanhar a favor da bancada”, disse Ananias em entrevista a Rádio Cultura nesta quinta-feira (11).

A Câmara dos Deputados manteve, por 277 votos favoráveis, a prisão em flagrante e sem fiança do deputado Chiquinho Brazão. Houve ainda 129 votos contra a prisão e 28 abstenções.

O Plenário acompanhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que recomenda a manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.

Dos oito parlamentares de Mato Grosso, cinco se posicionaram pela soltura do congressista carioca. Além de Abílio, também votaram contra a prisão Amália Barros, Coronel Fernanda, Jose Medeiros, todos do PL, e ainda o coronel Assis (União).

De acordo com a Constituição Federal, quando um parlamentar é preso, o fato deve ser comunicado à respectiva Casa Legislativa para que esta se manifeste sobre a manutenção ou revogação da prisão.

Os deputados que foram a favor de soltar Brazão afirmam que não houve prisão em flagrante, o que permite que o colega parlamentar responda o crime em liberdade.

Do LEIAGORA
Sair da versão mobile