O terrorista italiano Cesare Battisti criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chamou de cínico, apontando que o então presidente sabia dos crimes que ele havia cometido quando o abrigou no Brasil e deu proteção como perseguido político. No último dia de seu mandato, em 2010, Lula concedeu asilo ao italiano.
Ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, Battisti chegou ao Brasil em 2004 para evitar de ser extraditado na França. Em 2007, foi preso no Rio de Janeiro e cumpriu prisão preventiva para fins de extradição na penitenciária da Papuda, em Brasília, até 2010. O terrorista já tinha condenção perpétua na Itália por quatro assassinatos. Ele enganou a Justiça desde 1981, vivendo na França, no México e no Brasil. Ele foi preso em 2019, já no governo Bolsonaro, quando fugiu para a Bolívia. Hoje vive isolado em prisão de segurança máxima, cumprindo sentença perpétua na Itália. Ele confessou os assassinatos e ainda revelou ter deixado um desafeto condenado a cadeira de rodas.
Em 2020, numa entrevista na TV, Lula admitiu que foi errado dar abrigo ao terrorista como estratégia de campanha, Lula pediu desculpas à Itália por não ter extraditado o terrorista. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Batisti disse que o petista age com cinismo e fará tudo para voltar ao poder.
“Todos sabemos que Lula é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente. O animal político que nunca se contradiz. Aconteceu também comigo de admirar seu cinismo político e o extraordinário jogo de cintura dele”, disse alegando que Lula mentiu que não sabia dos crimes para tentar recuperar parte de seu eleitorado.
“Aconselharam Lula a fazer isso se quisesse recuperar parte dos setores que votaram em Bolsonaro, ele não hesitou. Mesmo que para isso tivesse que mentir despudoradamente, dizendo que ele e Tarso Genro [Justiça] não sabiam de nada”, disse. VEJA VÍDEO
RepórterMT