A galáxia, que tem a designação técnica de HD1, foi descoberta após mais de mil horas de observações com diversos telescópios, incluindo o espacial Spitzer, desativado há dois anos, e o radiotelescópio ALMA, no Chile.
Segundo os autores da descoberta, descrita num artigo publicado na revista da especialidade Astrophysical Journal, a galáxia pode ter um buraco negro supermaciço, com uma massa cerca de 100 milhões de vezes a do Sol, e estar formando as primeiras estrelas do Universo, que, de acordo com a teoria do Big Bang, terá 13,8 mil milhões de anos.
A equipe espera confirmar tanto uma como outra hipótese, inferidas pelo extremo brilho emitido pela galáxia na luz ultravioleta, com observações feitas com o novo telescópio espacial James Webb, em órbita desde janeiro e que está preparado para “revelar” as primeiras galáxias e estrelas do Universo.
De acordo com um comunicado do Centro para a Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, que participou no estudo, o anterior recorde da galáxia mais distante pertencia à GN-z11, que está a 13,4 mil milhões de anos-luz da Terra.
Há uma semana foi anunciada a descoberta da estrela mais distante, a 12,9 mil milhões de anos-luz.
A Earendel, que significa “estrela da manhã” em inglês antigo, terá pelo menos 50 vezes a massa do Sol e é milhões de vezes mais brilhante, tendo sido observada pelo telescópio espacial Hubble.
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