O grupo Meta, que detém o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, anunciou na sexta-feira que suspendeu várias contas ligadas a uma ‘quinta de trolls’ (contas falsas, criadas com o propósito de destabilizar e encher de comentários negativos um determinado tema ou conta) oriunda de São Petersburgo, na Rússia, conhecida como Cyber Front Z.
Segundo a empresa, citada pela Axios, o grupo era afeto ao presidente Vladimir Putin e usava as redes sociais da Meta para atacar utilizadores e celebridades, e espalhar desinformação sobre a guerra na Ucrânia.
A Meta referiu também, numa conferência de imprensa , que o grupo, que também opera na rede social concorrente Twitter, usava “um canal de Telegram em que dizia às pessoas para deixar comentários pró-Rússia em publicações de redes sociais de figuras públicas, jornalistas, políticos e celebridades, como Angelina Jolie e Morgan Freeman”.
Num relatório, a empresa dona do Facebook aponta que os esforços deste grupo ligado ao Kremlin eram “desajeitados e largamente ineficazes”.
O grupo Cyber Front Z foi banido pelas plataformas da Meta em abril. Dezenas de contas de Facebook e mais de mil contas de Instagram associadas ao grupo foram fechadas. Desta vez, a operação de escrutino na rede social esteve ligada a uma investigação a Yevgeny Prigozhin, um aliado de Putin e fundador de um grupo russo chamado Agência de Investigação de Internet.
O gigante tecnológico, detido pelo bilionário Mark Zuckerberg, acrescentou que as contas da Agência de Investigação de Internet da Rússia também foram suspensas, suspeitas de espalharem desinformação durante as eleições presidenciais norte-americanas de 2016 – já foi provado várias vezes por autoridades norte-americanas que piratas russos interferiram e influenciaram as eleições de 2016, ajudando a eleger o presidente Donald Trump.
A relação com a Meta e o governo russo deteriorou-se drasticamente desde o início da guerra. Na vaga de sanções que assolaram o Kremlin, a Meta juntou-se ao suspender ou bloquear as contas de meios de comunicação estatais russos.
Em resposta, em março, um tribunal russo considerou a empresa responsável por estas plataformas como uma organização “extremista”, e o Instagram e o Facebook foram banidos – curiosamente, o WhatsApp, também detido pela Meta, continua ativo no país.
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