O novo filme da Disney Pixar, ‘Luca’, explora a nostalgia das amizades adolescentes e a busca de pertencer e inclusão numa aventura onde há lendas e monstros do mar, disse à Lusa o realizador Enrico Casarosa.
“Muitos de nós sentem-se excluídos, eu e o meu melhor amigo certamente nos sentíamo assim”, afirmou o realizador, que se inspirou em verões da sua adolescência para criar o ambiente e os personagens do filme.
A história segue Luca e Alberto, monstros do mar que ganham aparência humana quando saem da água e secam, um processo que foi inspirado nas lulas e polvos que mudam a cor da pele para se esconderem. Eles têm de manter a sua origem em segredo durante as aventuras entre os humanos, uma metáfora para o sentimento de exclusão que muitos adolescentes sentem – e para a vontade de vivenciar mundos diferentes.
“Esse sentimento de sermos estranhos é importante, porque nas amizades não importa: podemos ser idiotas, esquisitos, intensos”, disse Casarosa à Lusa. “Falamos à curiosidade e à conexão que constrói pontes. Podes ser um monstro do mar e se sentir envergonhado ou inseguro, mas os amigos são aqueles que não querem saber e te aceitam”.
A curiosidade é a ponte que liga a aventura e o medo, num Luca bem comportado, mas sonhador, curioso. “Espero que se torne uma metáfora para as formas como as pessoas se sentem deslocadas”, disse Casarosa.
Com produção de Andrea Warren e música de Dan Romer, ‘Luca’ estreia-se na plataforma de streaming Disney+ na sexta-feira, 18 de junho.
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