Marroquino que usou garrafas para boiar até Ceuta foi abandonado ao nascer
O marroquino Aschraf Sabir, de 16 anos, teve a imagem dele amarrado a garrafas de plástico enquanto nadava em direção a Ceuta, na Espanha rodando o mundo. Sabir contou mais de sua história ao jornal espanhol El País.
Ele disse que no dia em que a imagem foi feita, no dia 19 de maior, ele tentava cruzar a fronteira pela terceira vez em menos de 24 horas e que foi abandonado pela mãe três dias após seu nascimento. Ela tinha a idade do jovem marroquino, quando decidiu abandonar o filho.
Há cinco anos ele perdeu a mãe adotiva e, agora, foi novamente adotado por uma viúva que vive em Casablanca. Ao lado de outros centenas de imigrantes, ele foi enviado de volta ao país pelo governo espanhol e tenta recomeçar.
Ele conta que a primeira tentativa de chegar a Ceuta foi na manhã de terça-feira (18.05). Ele alcançou a cerca, mas voltou para Castillejos, cidade no norte de Marrocos. No mesmo dia, à noite ele tentou uma segunda vez e conseguiu nadar até Ceuta.
“Mas os guardas me pegaram e me colocaram em um centro, onde passei a noite. No dia seguinte, quarta-feira de manhã (19.05), deram-me uma toalha e uns biscoitos e me mandaram de volta a Castillejos”.
Poucas horas depois, ele teve a ideia de amarrar as garrafas ao corpo para atravessar o mar. “Levei as garrafas para não me cansar de nadar. Desta vez, depois que me pegaram, um soldado me acompanhou caminhando em direção à fronteira com o Marrocos”, disse.
Após sua história vir a público, duas ONGs locais prometeram a Aschraf um lugar para que ele possa morar perto da família e auxílio financeiro para os estudos e para aprender uma profissão. Por enquanto ele está se dedicando ao ofício de cabeleireiro.
Deixe o Seu Comentário