A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (13.08) Roberto Jefferson, ex-deputado e apoiador do presidente Bolsonaro. A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do STF, motivada por suposta participação em organização criminosa digital montada para atacar a democracia.
A ordem do ministro inclui busca e apreensão, bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em redes sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
O pedido de prisão do presidente do PTB partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.
A PF cumpriu os mandados pela manhã e, inicialmente, não teria localizado o ex-parlamentar no endereço que constava na investigação. Mais cedo, o político publicou em seu Twitter que havia sido procurado na casa da ex-mulher, mãe de seus filhos. “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou.
Vídeos
O ex-deputado, que já foi preso anteriormente por sua condenação no mensalão, hoje é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo.
Em um desses vídeos mais recentes, Jefferson ameaça a não realização de eleições no próximo ano caso não seja aprovado o voto impresso, cuja PEC foi arquivada na Câmara. “Barroso, duvideodó que você vai enfrentar essa posição. Não adianta chilique.”
Inquérito
A decisão que determinou o início da investigação é de 1º de julho, e as apurações terão 90 dias. O objetivo é apurar “fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
Fonte: Migalhas
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