O baterista Flávio Guaraná morreu nesta sexta-feira (12), em São Paulo, aos 56 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas se sabe que ele não tinha Covid-19.
Nascido em São Paulo, no bairro da Pompeia, Guaraná foi pioneiro na cena musical paulistana, tendo sido um dos primeiros a ter um estúdio de ensaio na capital paulista. “Alguns dos maiores nomes da música ensaiaram com ele, como Rita Lee e João Gilberto”, conta a filha, Flávia.
Guaraná também foi um dos criadores do bloco carnavalesco Quem Tem Boca Vaia Roma, em São Paulo. “Ele era a alegria do bloco”, conta a filha.
“Sua trajetória foi o seu maior tesouro. Ele era muito apaixonado pelo que fazia e a carreira dele foi cheia de experiências incríveis”, diz a filha.
“O Flávio começou muito cedo como baterista, tocou com Made in Brazil, Dominó, Trupe Chá de Boldo, Mara Maravilha e sempre teve um estúdio de gravação onde muitos músicos iam ensaiar, como Itamar Assumpção e Tulipa Ruiz”, conta o amigo Zé Benedito.
“Além de uma pessoa muito querida, era um músico conceituado e excelente técnico de som. A gente tava com uma parceria para trabalhar junto, mas aí veio a pandemia”, diz.
A falta de manejo com o mundo digital fazia com que Guanará não tivesse muita presença em redes sociais ou em plataformas de streaming de música. Mas essa pouca familiaridade com computadores também foi um fator determinante para que ele não pedisse o auxílio emergencial para os profissionais do setor cultural, a Lei Aldir Blanc, cujos principais canais de acesso são por meios eletrônicos.
Ele deixa dois filhos, Flávia e Daniel.
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