(FOLHAPRESS) – Uma ex-comissária de bordo que revela os bastidores da aviação, um sobrevivente do holocausto, um pedreiro e um deputado. Eles são apenas alguns dos quase 200 convidados entrevistados pelo humorista Maurício Meirelles 38, no programa Achismos, às segundas e quintas-feiras, no seu canal no YouTube e disponível no Spotify.
Humorista há 15 anos, Meirelles começou o programa na pandemia, quando os teatros estavam fechados e queria uma solução para não ficar parado. Decidiu tirar do papel o sonho antigo de um programa de entrevistas com “pessoas interessantes” em formato de bate-papo.
“É o projeto da minha vida porque eu amo esse tipo de bate-papo informal com pessoas que eu nunca imaginaria encontrar”, explica o humorista, que hoje tem mais de 4 milhões de inscritos no seu canal no YouTube e viu este número aumentar após o lançamento de Achismos -ele não soube informar o percentual.
A busca pelos personagens que aparecem no programa acontece nas redes sociais. A equipe assiste a vários vídeos e faz a triagem principalmente daqueles que se comunicam bem. “No começo, a gente pegava pessoas que não rendiam e algumas travavam com medo de falar.”
Segundo o humorista, a proposta do programa é fazer perguntas curiosas que ninguém é capaz de fazer, como se a casa do cego fica sempre com as luzes acesas ou se o padre se masturba. “Perguntas que são imbecis e curiosas, mas que ninguém fez. É um formato que hoje rende muita curiosidade.”
Meirelles garante que até hoje nenhum dos convidados ficou irritado com as suas perguntas e achismos. “O objetivo não é criar polêmica, mas mostrar a minha ignorância”, diz o apresentador.
Ele já conseguiu mais de 4 milhões de visualizações em entrevistas, como a realizada em 2020 com o delegado Carlos Alberto da Cunha, o Da Cunha, que teve a demissão aprovada, em junho deste ano, por suspeita de inventar a prisão de um chefão do PCC para ganhar seguidores nas redes sociais.
Apesar do sucesso, o humorista inovou mais mais uma vez em julho ao criar um canal de humor com assinatura grátis no OnlyFans (plataforma de conteúdo adulto) com a meta de se tornar um dos cinco mais vistos da plataforma e para poder falar de tudo o que quiser sem cancelamento. “Tem coisas que a gente não consegue falar nas redes sociais porque é bloqueado, então eu resolvi falar no OnlyFans.”
Na plataforma, o humorista criou uma lista de usuários, que chama de clubinho, para falar de comédia, dos assuntos do momento e masculinidade. “Deixando claro que não é machismo, é masculinidade”, diz. “Quero falar de algumas coisas do universo masculino que a gente não está conseguindo falar, como que eu acho fulana gostosa. Se eu falar no Instagram, sou cancelado”, acrescenta.
Paralelamente, Meirelles estreou em abril a segunda temporada do programa Foi Mau (RedeTV!), quase todo idealizado por ele e que tem uma assistente de palco da terceira idade -bem diferente do que costuma ocorrer em programas de auditório. Neste mês, ele embarca para Portugal para mais uma temporada de aproximadamente 40 dias de shows de stand-up em cidades portuguesas.
“Todos os anos eu vou para Portugal desde 2015, eles consomem mais a cultura brasileira que nós [a deles]”, diz. Questionado se faz piada de português nos shows em terras lusitanas, Meirelles responde: “Mas é óbvio, faço piada de português e eles riem.”
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