A classificação à semifinal da Copa Sul-americana e a possibilidade de também ficar entre os quatro melhores da Copa do Brasil – visita o América-MG com vantagem de 1 a 0 daqui uma semana – fizeram Rogério Ceni mudar seu planejamento no São Paulo. Antes com foco total no Brasileirão, agora ele mira nas competições mata-mata e poupará alguns jogadores contra o Red Bull Bragantino, domingo, no Morumbi.
Além de descansar alguns jogadores que se entregaram ao máximo diante do Ceará, no Castelão – time venceu por 4 a 3 nos pênaltis pelas quartas da Copa Sul-Americana – Ceni já mira o jogo de Belo Horizonte contra o América-MG. Nada, porém, de deixar o Brasileirão de lado.
“Para a gente, as Copas se tornaram mais importantes ainda, na Sul-Americana já é semifinal, com possibilidade de decisão”, admitiu Ceni. Nada, contudo, de cantar vitória., “Mas vi o Atlético-GO apresentar um belíssimo futebol, com 4 a 0 em um Nacional do Uruguai, time de tradição. Vai ser tão difícil quanto foi com o Ceará”, alertou, sem esconder que o time o convenceu a mudar o foco.
“O objetivo era no Brasileiro e tivemos de ter mudança comportamental por alguns resultados. Era o maior (sonho), queríamos brigar pelo G-4, e estar mais focados, hoje estamos no meio de tabela, já ficando apertado…”, enfatizou. “Estamos sem tempo de recuperação, com uma viagem grande e contra um rival mais descansado, trocaremos alguns jogadores, mas vou fazer um time competitivo para buscar a vitória que é muito importante”, prometeu.
Ceni abriu o coração ao falar sobre futebol e não escondeu o sonho de levar o São Paulo a nova conquista continental. “Futebol sustenta a família, e após algum tempo sustenta sua alma, sua paixão. É um patrimônio importante e que sustenta minha alma”, abriu o coração. E não escondeu os novos planos para a sul-americana – no começo só escalava os reservas: “É um sonho, depois de 10 anos, conduzir o time a um título internacional, gostaria de conquistar novamente”, disse o campeão da sul-americana de 2012 como goleiro do clube.
Aproveitou para endeusar seus comandados, em sua visão, se sobressaindo e rendendo acima do esperado. “Se analisar a realidade do clube hoje e o que era antes, acho que tem de valorizar muito os atletas que temos, estão ajudando a instituição, dando muito. Nem sempre o time é excepcional, mas eles deixam tudo a cada jogo, no limite. E nunca vai faltar o reconhecimento do treinador.”
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