O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União) afirmou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) pode estar cometendo crime de responsabilidade por não pagar os R$ 30 milhões de emendas parlamentares destinadas às cirurgias eletivas na Capital. Para Botelho, devido à urgência da situação, os recursos podem ser tirados até mesmo da Fonte 100.
“Tem que tirar do orçamento o recurso da Fonte 100 e fazer, porque na verdade ela [emenda] não é para o parlamentar, ela está atendendo a população. (…). Deve ser punido por não pagar emendas, principalmente porque são cirurgias eletivas. Cirurgia é para a população, para você diminuir essas filas. Tem gente no pronto socorro que tem 120, 150 dias internados esperando cirurgia. Então não é cabível isso. Tem que resolver logo essas questões”, disse o deputado nesta quarta-feira (22).
Durante a sessão ordinária de terça-feira (21), os vereadores de Cuiabá reclamaram que estão há 40 dias esperando que o prefeito Emanuel pague o montante de R$ 30 milhões de emendas parlamentares que serão destinadas exclusivamente para a realização de cirurgias eletivas.
Após muito reclamação, o líder do prefeito na Câmara, vereador Marcrean Santos (MDB) conseguiu uma reunião com Emanuel que garantiu que irá pagar o valor total em seis parcelas de R$ 5 milhões a partir do fim deste mês.
Tudo travado
Ainda na manhã de terça-feira, um áudio do deputado federal Emanuelzinho (MDB) circulou nas redes sociais em que o parlamentar reclama que o governo do estado estaria travando o repasse federal no valor de R$ 60 milhões. De acordo com o parlamentar, para que o valor chegue nas contas da prefeitura é preciso antes ser aprovado pela Comissão Intergestores Regional (CIR), o que está travado.
“Conseguimos R$ 60 milhões que serão pactuados R$ 4 milhões todo mês para Cuiabá, mas o governo não deixa receber porque tem que ser aprovado pelo CIR que a servidora indicada [pelo estado de Mato Grosso] barra”, disse o deputado que ainda garantiu que vai levar a reclamação à ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Botelho afirmou que ainda não está por dentro da denúncia, porém ele não acredita que um servidor do estado poderia criar entraves para o recebimento desses valores.
“Eu não acredito que alguém do estado iria criar entraves para vir um dinheiro para a saúde, sabendo do jeito que está, eu não acredito nisso, sinceramente’, disse o deputado.
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