Ao comentar o latrocínio de três motoristas de aplicativo, ocorrido no último fim de semana, em Várzea Grande, o deputado estadual Júlio Campos (União) defendeu a redução da maioridade penal e criticou o Sistema Socioeducativo brasileiro. Conforme o parlamentar, é lamentável que ainda não existam leis que assegurem a devida punibilidade a menores que envoltos em crimes hediondos no país.
Isso porque, além de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, dois adolescentes, de 15 e 17 anos participaram da execução dos motoristas na cidade vizinha de Cuiabá.
“O cidadão que tem 17 anos, já um marmanjo sem vergonha. Pode votar e praticamente dirigir, aí esse cidadão vai lá e assassina e uma pessoa e vai para o Centro de Recuperação, que não recupera coisa alguma. Aquilo ali é uma mentira, um blefe aquela história, fica um ano e sai para a rua depois para continuar sendo criminoso”, disparou à imprensa na última quarta-feira (17).
Na ocasião, o parlamentar ainda comparou as leis do Brasil com as do Estados Unidos e ressaltou a necessidade do endurecimento das prescrições aplicadas a menores envolvidos em crimes hediondos.
“Na Inglaterra, nos Estados Unidos, o cidadão, acima de 8 a 10 anos de idade, se cometer um crime, é condenado pelos tribunais e cumpre a pena integral de 30 anos, de prisão perpétua, câmara de gás e até pena de morte, aqui no Brasil não. Então, nós temos que mudar a lei, lamentavelmente, se não houver uma lei dura no país, punindo também menores de idade. Hoje os comandos, as organizações criminosas usam crianças e menores de idade para cometer crimes porque eles sabem que não vai ter punibilidade”, reiterou.
Júlio não é o primeiro parlamentar a defender a medida. Após os assassinatos repercutirem, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União) também criticou o sistema socioeducativo de Mato Grosso.
O parlamentar vai além e afirma que o Complexo Pomeri é responsável pela formação de “bandidos”.
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