O grupo protesta contra o fechamento ou municipalização de três escolas: Mercedes Paula Soda, Ernandy Mauricio Baracat de Arruda (Nico Baracat) e Escola Estadual Licinio Monteiro.
Nesta quinta, ao tomarem conhecimento da presença do secretário estadual na Cidade Industrial, o grupo, que já vem desenvolvendo ações para impedir o fechamento das escolas, resolveu pressioná-lo. O momento de maior tensão foi quando Porto tentou sair da sala e se dirigir ao seu veículo. Os manifestantes o cercaram na saída do gabinete do secretário e cercaram até seu veículo.
Assessores tentaram “liberar o caminho”, mas diante do número de pessoas e da chuva ter aumentado, o secretário estadual decidiu retornar a sala de Fidelis.
Ele ainda tentou abrir negociação com os manifestantes e pediu que formassem uma comissão com quatro pessoas. Como os manifestantes não aceitaram apenas quatro pessoas, não houve qualquer tipo de conversa.
Uma equipe da Guarda Municipal foi acionada para “acompanhar” a saída do secretário do local.
AÇÃO
Nesta semana, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público ingressou com uma ação contra Allan Porto tentanto impedir o fechamento das escolas, que recebem quase 3 mil alunos. Conforme a representação, protocolada pelo Sindicato na terça-feira (14) ao Ministério Público do Estado (MP), as unidades de educação Escola Estadual Mercedes Paula Soda, Escola Estadual Ernandy Mauricio Baracat de Arruda (Nico Baracat) e Escola Estadual Licinio Monteiro receberam a determinação de serem fechadas, pelo governador Mauro Mendes (DEM). A decisão consta no site do governo de Mato Grosso.
O sindicato aponta que o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, apresentou relatório de metas fiscais do 3º quadrimestre de 2020, mostrando que Mato Grosso encerrou o ano com saldo positivo nas contas públicas e equilíbrio fiscal, ou seja, a falta de verba não é justificativa para encerrar as escolas.
Os dados oficiais também não apresentam a chamada “frustração de receita”. “Para além do aumento da receita total de 19.910 bilhões para 23.810 bilhões de 2019 para 2020, temos a confirmação por fontes oficiais de que no Estado de Mato Grosso aliado ao aumento em todos os sentidos da Receita Corrente Líquida também houve até então o mais austero controle de gastos com pessoal do Executivo, reduzindo-se de 52,38% em 2019 para 44,24% em 2020”, afirmam.
Já a Seduc afirmou que não existem escolas estaduais fechadas. Na maioria dos casos, elas são repassadas para os municípios. Além disso, aponta que o sistema de educação está sendo reformulado, assim como a estrutura, e garante que nenhum aluno vai ficar sem estudar.
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